segunda-feira, 23 de abril de 2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Galícia delícia- parte I

Eis que chega a Semana Santa e arrumo minhas malas pra conhecer o país que tinha e tenho maior curiosidade em conhecer: Espanha. Minhas cidades do coração continuam sendo Sevilha e Barcelona (e ainda preciso visitá-las). Nada contra Paris, Budapeste ou Londres, mas a Espanha sempre me seduziu. Não sei se em função daquela seleção de futebol maravilhosa, não sei se em função da paella, não sei se em função do Gaudí e Almodóvar, mas eu tenho qualquer coisa de especial com esse país. Eu e Iolanda, fiel companheira, fomos conhecer a Galícia, região dita como mais parecida com Portugal e a língua (galego) mais parecida com o português.

Como boas estudantes, fomos de ônibus, mas nada de parecido com as viagens no Brasil. Estradas em excelente condições e poltronas bem confortáveis. Cinco horas de viagem  acompanhada a maior parte do tempo pelo romance do angolano Pepetela 'O planalto e a estepe', uma história que me fez devorar metade do livro sem sentir. Fica a dica de leitura. Descemos então em Vigo, maior cidade da região e depois de caminhar um pouco, chegamos no hotel. Simples, limpinho e com preço bom, o que é quase a perfeição. Pena que não tinha café da manhã, mas levamos lanche e foi bem tranquilo. A primeira impressão foi da diferença de idioma. Acostumada com o castelhano, foi super divertido ver nas placas palavras com a grafia de J ou G escritas com X, como 'Xardín' ou 'Xullo'. Como diz meu querido amigo Guilherme, parece a língua da Xuxa. Outras diferenças fora logo sentidas também. Por ser uma cidade maior e mais movimentada que a pacata Coimbra, achei as pessoas e o clima do lugar mais fortes, mais presentes e de uma certa forma até mais alegres. Vendedores nas lojas mais abertos, skates coloridos andando nas pistas, olhares nas ruas. E isso faz com que você também fique mais colorida. Um dos primeiros programas foi comer churros com chocolate, famoso na região. Não sou lá muito fã de churros, mas do chocolate a pessoa virou fã de carteirinha com firma reconhecida. Conhecemos o centro velho, algumas ruas mais importantes e à noite fiz algo que estava morrendo de saudade: ir a um show bom ao vivo. Fomos num barzinho próximo ao hotel assistir a uma Jam Session ótima e de graça (você poderia contribuir com 1 euro se quisesse; claro que contribuímos), cheia de músicos bons e com uma cerveja boa tbém, a Estrella Galicia. Depois do show fomos dormir porque o dia seguinte seria longo: iríamos conhecer as Islas Cíes, super recomendadas peo Gui e Gonçalo.

Acordamos com um dia lindo, sol forte e céu claro, perfeito para conhecer uma praia. Depois de uma viagem de barco de mais ou menos 40 minutos, chegamos as Islas. São duas e bem bonitas, como as fotos não me deixam mentir. Estava um vento bastante frio ao descer e resolvemos tomar um chocolate quente no restaurante que havia. Encontramos um time de atendentes super alegres e simpáticos, que quando viram minha câmera pediram pra tirar uma foto com a gente e de quebra deram um chapéu pra Io. Continuando o alto astral, tivemos a sorte de chegar a tempo de uma visita guiada por uma mulher bem simpática e que quando foi escrever meu nome na lista, escreveu 'Xúlia'. Como não se apaixonar por um lugar assim? :) As Islas são um parque nacional e contam com algumas espécies de pássaros mais raras, além ter um 'berçário' para peixes. Vimos alguns tipos de árvores típicas e muitas pedras, marca da região. O passeio deve ter demorado mais ou menos 1 hora e de falantes de português só eu e a Iolanda, sempre confundida com brasileira. A vista do alto do morro foi bem bonita, podendo se ver várias gaivotas e o mar batendo nos rochedos. E depois de voltar para a beira mar, ficamos com as outras pessoas tomando sol na areia (mas de roupa, diga-se de passagem), vendo aquela água azul transparente e um silêncio que leva à meditação. Voltamos ao final da tarde com a roupa cheia de areia e coração flutuando nas espumas do mar. Bora ver as fotos e se apaixonar pela Galícia?

Porta do Sol em Vigo. Belo acrobata, não?

Cochilo ao entardecer

Xúlia y el xardín

Chegada às Islas Cíes

Io agora com chapéu!

Berçário dos peixes e beleza pras vistas.

O mar, sempre ele...

Reflexões sobre estar na praia com meia de lã. :)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Careta sim, e daí?

Não nasci pra ser moderninha. Tem gente com um talento natural pra transgredir, inovar, subverter, arriscar. Eu não. Definitavemente não. Por uma causa muito simples: se eu deixo alguma coisa sair da linha, tudo o que estiver perto vai também, no melhor efeito dominó. Digamos que eu acorde na terça-feira às 10h30 da manhã. Já acho que acordei tarde demais e que perdi o dia. Resolvo então não fazer mais nada de produtivo e me entrego ao ócio do sofá. Ok, dei uma exagerada, mas a questão é que tenho que ficar sob controle, senão tudo desanda. Ou melhor, não anda. Empaca.

Eu que já me achava uma menina certinha, responsável  (quase uma Sandy) cheguei a Coimbra e me vi sem horário fixos, pois só tinha aula às sextas-feiras. Eu poderia acordar a hora que bem entendesse, comer a hora que bem entendesse, fazer o que quisesse. Passarinho criado muito tempo em gaiola às vezes não sabe muito bem o que fazer com a liberdade. Minha rotina não tinha rotina nenhuma e eu fiquei nessa doideira quatro meses. E ainda fiz 4 viagens pra bagunçar ainda mais o coreto. Resultado: estudei pouquíssimo, não fiz exercícios físicos, não aproveitei melhor o tempo. Claro que houve a parte boa, como os amigos, os passeios, a tranquilidade de acordar sem o despertador tocar, aventurar-se na cozinha... Foi bom, mas poderia ter sido melhor.

Quando os trabalhos finais do mestrado chegaram no final de janeiro, percebi que eu teria que correr os 100 metros rasos atrás do prejuízo. E corri bem, já que tive boas notas apesar das condições adversas em que trabalhei. Com base nisso, fevereiro foi o mês em que a rotina voltou a dar as cartas na mesa. Cartas certinhas, alinhadas e separadas por naipe (calma, não sofro de TOC). Comecei a fazer hidro e yoga, francês e me forçar a outras obrigações diárias, como estudar mais. E agora sim posso dizer que estou desfrutando bem a cidade, a faculdade os amigos. Não sei trabalhar sem regras, sem limites, sem prazos. Gosto de acordar cedo pra estudar ou me exercitar, gosto de ver minha listinha de obrigações toda realizada, gosto de dividir meu tempo. A rotina pode ser sua amiga, parceira, brother. Eu sou daquelas que gostam de cumprir prazos. Pois é. Cada doido com sua mania

Mas a rotina sabe que vez ou outra eu dou o bolo. E vou dormir às 9 da manhã depois de sair pra dançar na noite anterior. Também não sou de ferro.

Todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às... 11h25 da manhã.

terça-feira, 27 de março de 2012

Minha mala, minha vida

O que tem na sua mala? Muitas roupas, sapatos, livros e o diabo a quatro? Tralhas e cacarecos, enfeites e bibelôs? Pois a minha mala emagreceu muito. Quer que a sua emagreça também? Pergunte-me como! (Olha o merchandising aí, gente!).

Quando mudei pra cá vim preparada - ou melhor, pouquíssimo preparada. Trouxe menos de 30 kilos nas duas malas juntas e hoje vejo que foi muito. Primeiro porque vc vai comprar coisas, sobretudo se você gostar de roupa legal com preço incrível (12 em cada 10 mulheres). E em segundo lugar, porque você toma consciência que não precisa definitivamente dos 18 vestidos que tem. Com 3 você pode viver sem nenhum problema.

Está na 'moda' o consumo consciente, redução, reaproveitamento, reutilização, etc e etc. Mas a minha atitude do menos que é mais nem veio a partir desse feliz modismo. O motivo foi de ordem mais prática. Depois de me mudar várias vezes em pouco tempo, vi como é chato ter que empacotar milhares de tralhas e que o necessário Mesmo é pouco. Parece que no Brasil o pouco costuma ser mais. Ainda não encontrei uma portuguesa que saia pra comprar enlouquecidamente como já vi meninas em BH. Acho sim que somos mais consumistas e uma causa poderia ser porque damos mais importância à imagem. Claro que não são todas, mas as meninas brazucas são mais vaidosas e adoram sacolas de shopping, seja aqui ou aí. Eu tive meu ataque consumista (o primeiro da vida) em janeiro, mas passou (aleluia!) e não precisarei comprar roupa tão cedo no Brasil quando voltar, além de dar uma bela limpa no guarda-roupa.

A frase 'só levo o que consigo carregar' faz muito mais sentido quando você se muda de casa. A gente precisa de pouco, como 2 calças jeans e umas 5 camisetas. O importante mesmo, o recheio principal a gente sabe que não cabe em nenhuma mala, mochila ou carteira.

E então, vai levar o quê?

Eu e Andreia com nosso mochilão-alegria a caminho de Veneza. Pena que nesta mala não levamos galochas. :)

terça-feira, 20 de março de 2012

O trem

Desabafo: como é estranho pra uma mineira chamar trem, palavra que simplesmente significa tudo e algo mais, de comboio.
Comboio. Com-boi-o. Comboio? Não, comboio não! Trem é trem, ué!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Amendoeiras em flor

Há um passeio comum em Portugal essa época do ano para ver as amendoeiras em flor. Saí de Coimbra e viajei cerca de 3 horas para vê-las na região de Trás-os-Montes e Alto Douro. As paisagens são lindas e me lembrei das cerejeiras em flor tão famosas no Japão. Fora que conheci várias cidadezinhas portuguesas, com suas roupas no varal e aquele jeito simpático que as vilas tem. Cenário de filme, dia de sol e amigos queridos. Amendoeiras foi só amor

Entre sem bater

Cor da lembrança

Um quê de Minas

Iolanda, Guilherme e a blusa listrada do Gonçalo

O lugar onde o tempo não passou; resolveu morar.

Campos de amendoeiras

A primavera pede passagem

Eu toda meiga na foto do Gonçalo

quinta-feira, 8 de março de 2012

Os vários países do continente brasileiro

United Colors of Brasil-sil-sil

Cinco brasileiros e quatro portugueses se reunem para um jantar tipicamente português. No cardápio, um maravilhoso bacalhau com batatas ao murro. Vinhos do Alentejo e um vinho branco ótimo também. Mas apenas comida e bebida eram portuguesas.

Como de costume, o assunto com os novos amigos portugueses gira muita vezes em torno das diferenças culturais entre os dois países e de locais a serem conhecidos em Portugal (e é cada lugar tão lindo...). Esse tipo de conversa é típico entre nacionalidades diferentes, mas no tal jantar a conversa logo se desviou. O Brasil e sua enorme diversidade ganhou o destaque.

Uma mineira, uma paulista, um cearense, uma gaúcha e um potiguar (Rio Grande do Norte). Era como se naquela mesa houvesse cinco países diferentes (se bem que o Rio Grande do Sul às vezes pensa isso. rs). Expressões vocabulares com significados diferentes entre as regiões, sotaques marcados, pratos típicos distintos, lugares que nunca ouvimos falar. Fora as feições diferentes também: olhos pretos, castanhos, azuis, cabelos lisos e encaracolados, pessoas altas e baixas... Enfim, o Brasil é realmente um país com vários países. Eu nunca tinha convivido com tantas pessoas de regiões diferentes e acho que os outros também não. Como é interessante descobrir semelhanças/diferenças com alguém que mora a mais de dois mil quilômetros de distância. Às vezes desconfio se falamos a mesma língua. E como é triste perceber que não conhecemos mesmo nosso país. Eu sei que as passagens aéreas são caras, os hoteis também, mas será que nem juntando grana um tempinho dá pra visitar Rio Grande (Rio Grande do Sul) ou quem sabe Piracicaba (São Paulo)? Eu mal mal conheço Minas. Ver-go-nha.

Ao contrário de nós, os portugueses conhecem bem seu país e sempre viajam por ele. Sabem dos pontos turísticos, elegem as cidades que mais gostam, sabem bastante sobre sua cultura. Coisa que deveríamos importar e mandar pro outro lado do Atlântico

Dica bacana: se você vier à Europa esse ano, não deixe de visitar Guimarães em Portugal. Além de ser uma cidade linda (primeiro lugar que conheci aqui), foi eleita Capital Europeia da Cultura 2012. Shows, exposições, festivais já começaram a pipocar a partir da primavera. Tô doida pra revisitá-la. :)

quinta-feira, 1 de março de 2012

Pequenas doses diárias de preconceito



O post abaixo se referia a um dos cartões postais do Brasil: o carnaval. No mesmo pacote, temos a caipirinha, a feijoada, o futebol e as brasileiras. E como seria definir brasileiras? Putas. Mulheres fáceis. Mulheres que só pensam em sexo. Ficou chocado(a)? Pois infelizmente muitas vezes somos taxadas assim (mundialmente falando). Um estereótipo fruto de um preconceito burro e gigante que nos acompanha até hoje.

Quando fui alugar o quarto na casa do velhinho-mala (cenas dos próximos posts), tive uma das conversas mais surreais de toda a história. Ele veio com o papo de que não alugava quartos para brasileiras (acontece com uma frequência grande), mas que abriria uma exceção para mim. O motivo de não alugar quartos seria porque temos 'hábitos sexuais mais liberais'. Ouvi aquilo e li no rosto de um velho de 82 anos todo o preconceito e discriminação de séculos. Continuando a conversa, ele comentou que uma antiga portuguesa moradora da casa levava o namorado para dormir, mas eu não poderia levar ninguém. Provavelmente pensando que eu faria orgias, bacanais ou então transformasse o apartamento num bordel. E pra fechar o pacote, disse que eu arrumasse mais meninas para dividir o local e que preferencialmente fossem portuguesas. 

Fiquei com o quarto apesar dos sinais claríssimos de que as coisas não dariam certo, como não deram. A gota d'água foi sobre ele achar que eu levava alguém para dormir em casa (surtos da terceira idade). E foi aí que me senti tão indefesa, tão humilhada, tão sem atitude. Ser julgada assim por ter nascido no Brasil é mais que doído, é absurdo. Fiquei pensando no que passam as mulheres negras brasileiras pelo mundo. Fora as romenas, africanas, bolivianas... Meu Deus.

várias histórias de preconceito sofridos por brasileiros/as. Um gay português achou que iria transar no primeiro encontro porque ficou com um brasileiro. Com a resposta negativa, o português justificou: mas você é brasileiro... Outra vez, duas portuguesas e uma brasileira estavam na porta do supermercado quando um homem inconveniente começou a mexer com as três. A brasileira o ignorou e as portuguesas ficaram conversando com o rapaz. Quando ele se foi, a brasileira comentou com as outras sobre a chatisse que havia sido e as meninas na hora justificaram que ele só veio até elas porque a brasileira usava um vestido curto. Nos dois exemplos estamos falando de pessoas com menos de 30 anos. Triste.

É duro pensar que alguns homens portugueses te enxergam como 'presa fácil'. Minha atitude nesses quadros é continuar seguindo meus princípios. Se estiver afim de dormir com alguém, não vou deixar de fazer porque é 'uma conduta sexual liberal'. Já sou grandinha o suficiente pra não dar ouvidos a convenções estúpidas. E tenho o dito.


# Quero deixar explicitamente declarado que adoro Portugal e  que conheci aqui pessoas incríveis, doces, divertidas, conscientes de seu papel no mundo. A ÚNICA pessoa preconceituosa que encontrei foi o senhor referido acima. E que o danoso preconceito não é típico de um país ou de um indivíduo só; é algo que atinge todas as raças, cores, sexos, credos. Cabe a nós diariamente pensarmos nas atitudes, brincadeiras, comentários que fazemos. O preconceito só está a espera de um deslize para vir à tona. Me incluo nessa vigilância também.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Carnaval em Portugal


Nem vou dizer que sumi, que desaparacei ou fui abduzida. Vou me valer da máxima que diz que o ano só começa realmente depois do carnaval. Vou pincelando quando der sobre o que se passou de dezembro até fevereiro. E olhem que não foi pouca coisa. Teve Bélgica, Paris, reveillòn, aniversário, trabalhos finais, mudança de casa (espero que seja a última aqui!), estafa física e psicológica, frio e mais frio, Croácia, Bósnia, Eslovênia... Coisa demais pra uma pessoa levemente desorientada só. :)

Vamos falar do carnaval, a festa pagã mais esperada do Brasil e um dos nossos principais cartões de visitas -queira você ou não- e uma das festas em que mais me divirto. O pacote caipirinha-carnaval-samba é um dos meus prediletos. E por isso eu receava como seria a versão tuga.

Mas o deus do auê escutou as minhas preces e me ofereceu um carnaval divertido, ora pois! Claro que não foi metade de toda a bagunça brasileira, especificamente falando dos bloquinhos de rua de BH que tanto amo. Mas pode-se dizer que foi um carnaval justo, contando que o termômetro rondava os 7ºC. Para minha surpresa, descobri nos portugueses animados foliões. Sábado fiz um programa diferente. Fui a um baile de salsa da escola de dança dos meus amigos e me diverti horrores, principalmente porque não sei dançar salsa. Mas como quem dança forró acha que consegue improvisar -quase- tudo, dancei a noite toda sem parar. E dá-lhe quizomba, merengue e outros ritmos que nos fazem balançar o esqueleto. E os portugueses mais animados do que eu.

Segunda-feira fui a dois bailes de carnaval. Um levemenete mais sério e adulto, com pessoas fantasiadas, serpentina, confete e na vitrola... Rock'n roll. A música estava ótima, mas não conferia a animação que eu e Iolanda minha amiga esperávamos. Por volta das 3 da manhã chegamos no outro baile que acontecia num bar. E aí eu quase me senti no Brasil: estudantes bêbados, todos fantasiados, cantando sem parar, o lugar lotado, todo mundo brincando com todo mundo e na vitrola... Músicas estranhas. Estranhíssimas, como o 'crássico' e jurássico Terra Samba. Sim, teve 'Ai se eu te pego' umas 3 vezes. E o mais divertido foi ouvir as músicas portuguesas que a moçada escuta. Em alguns momentos todos cantavam juntos, uma coisa muito interessante de ver. A noite acabou às 8 da manhã e a alegria ficou garantida com alguns drinques, uma parceira divertidíssima e a minha fantasia de Amy Winehouse. Carnaval em Portugal não foi nada mal.

Dá pra ver que eu fiz até tatuagem? :)

Recado pro carnaval de 2013: se prepare porque eu vou chegar afim de colocar meu bloco na rua!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Isso aqui ôô, é um pouquinho do Brasil iá iá

De repente apareceram muitos assuntos para se colocar no blog e não consegui escolher quem entraria primeiro. Mas ontem aconteceu um pequeno fato que me fez colocar o seguinte tema em questão: o Brasil é mesmo filho de Portugal. Não é apenas em relação à língua, pois o português de Portugal às vezes soa como húngaro, não se entende nada. Mas a proximidade que eu tenho visto com a terra brasilis é bem grande.

Um dos meus primeiros posts no blog foi sobre a educação do motorista português em relação à faixa de pedestre. Percebi que é o único local onde somos respeitados. Ontem eu ia atravessando tranquilamente no passeio - PASSEIO -  em frente à uma escola quando recebi uma buzinada bem forte e mal educada. Era uma mãe que iria buscar seu filho e queria entrar com o carro no local. Eu caminhava com passos normais e seriam necessários cerca de 2,5 segundos pra que eu terminasse o percurso, ou seja, nada. Achei aquilo tão fora de propósito que fiquei olhando pra cara da mulher ao passar por mim. Ela não gostou, claro. E eu menos ainda. Nesse momento fui reportada imediatamente ao Brasil, ouvindo as buzinas de um engarrafamento. Buzinas para os pedestres andarem rápido, buzinas para um motorista mais lento, buzinas pra tudo.

Depois comecei a pensar na questão dos feriados nacionais em Portugal. Sabe quantos são, ou melhor, eram? 14 feriados nacionais. Sim, 14! A folga era tanta que para o ano que vem foram cortados uns 3 da lista. Duas quintas-feiras seguidas em dezembro de feriado nacional. E para mim era o Brasil que possuía muitos, mas segundo a Wikipédia, temos apenas 9 feriados nacionais. Pois é.

Outro aspecto que eu comentei no blog é sobre a burocracia. Aqui, pelo menos na universidade, ela parece estar em seu habitat natural. Quanta complicação para se resolver coisas simples! O Brasil é um país burocrata por excelência, mas as coisas parecem começar a melhorar. Mais informatizado, mais simplificado. Quem já teve que tirar a segunda via da carteira de identidade no antigo Psiu em BH vai dizer que nada mudou, mas eu senti leves mudanças quando precisei pegar documentos para a viagem. Agora sei de onde saíram nossos burcocratas: da terrinha.

Ok, não são apenas coisas 'ruins' que me lembram o Brasil. Fazer compras no supermercado é estar de volta também. Há fubá, canjica, farofa, leite condensado, bombom Garoto, manga, mamão (frutas bem caras), cachaça (péssima!), Maizena, arroz, feijão preto e até picanha. Saudades alimentares supridas com louvor. Há ainda a paixão que eles sentem pelo futebol  que me levou a pensar se eles não seriam mais fanáticos do que nós, o prazer em sair à noite, a vaidade das meninas. E muito mais ainda por se descobrir.

Tal pai, tal filho.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Holofotes

Os portugueses e portuguesas em geral não te olham na rua. É cultural pelo visto. Nada daquelas olhadas nos olhos que estamos acostumados no Brasil. E eu tentei de tudo. Enfeites grandes nos cabelos, bolsas coloridas, maquiagem, sorrisos. Nada.

Até que eu saí assim. E a cidade levemente flutuou.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

La bella Italia

Eu fui à Itália. Nem eu acreditei. O país que quando adolescente era um habitantes dos meus sonhos, se concretizou em três cidades: Veneza, Florença e Milão. E muitas aventuras, claro. Essa viagem já estava programada desde o Brasil, pois minha grande amiga Andreia iria participar de um seminário em Torino e combinamos de nos encontrar em Milão. Quer coisa melhor que desvendar a Itália com uma amiga querida? Saí de Coimbra, fui para Lisboa e de lá peguei o avião. São aproximadamente 3h de voo e uma hora a mais de fuso horário. Mal saí do aeroporto já peguei o metrô que me deixava dentro da estação de trens. E que linda e gigante estação! Encontrei Andreia e a viagem encontrou o primeiro auê. As máquinas onde se compram os tícketes para outras cidades estavam estragadas e a fila para atendimento no guichê quilométrica. O cenário combinava bem com a programação da nossa viagem que não existia direito. Sempre nas viagens que faço, gosto de programar minimamente as coisas. Olhar opções de hostel, horários de ônibus, pontos turísticos, etc. Pois como eu e Andreia estávamos atarefadíssimas, não tivemos tempo de traçar um roteiro apresentável (Chrys, valeu todo apoio na logítica, tá?). A única coisa que ficou decidida era que conheceríamos Veneza e Florença e se houvesse tempo, Pisa e Verona- não deu. Milão ficaria com o último dia, pois era onde saía nosso voo de volta. Conheça a saga italiana.

1- Veneza

Faça sol ou chuva, lá estão os orientais

Eis que entramos no primeiro trem com destino à Veneza e tome a primeira traulitada na cabeça: a passagem era ¢ 31, 50. Ui! Mas como já estávamos ali, fomos. Papo vai e vem e descemos na estação central. Digamos que Veneza não estava lá de muito bom humor: chuva e frio. Completando o pacote alegria, pense em duas mulheres cansadas, sem mapa da cidade (nunca mais viajo sem) e com apenas o endereço do hostel para ficar -mea culpa, mea culpa... - e dois mochilões nas costas. Andamos a esmo por 2h. Sim senhores, 2h debaixo de chuva, com mochilão, fome e cansaço. Veneza não é um lugar simples de se andar. É confuso, as ruas terminam na água, muitas vielas, poucas pessoas na rua por causa do frio. Mas até que conseguimos uma informação mais consistente sobre outro hostel e pegamos a balsa para a estação Zitelle. (cabe aqui um grande parênteses para minha indignação com as balsas venezianas. Não sei se por bobeira de turista, o bilhete que nos foi vendido custava ¢ 6,50 dando direito a apenas uma viagem. É isso mesmo que você leu: cada vez que se colocava o pezinho na balsa, se iam ¢ 6,50. Quer chorar agora ou vai terminar de ler o post antes?). Voltemos a amada balsa. Lá íamos nós, cansadas e desiludidas- mas ainda bem humoradas- coisa fundamental em perrengues- quando um alemão muito simpático veio nos perguntar se tínhamos hostel. Respondi com meu inglês macarrônico que não e ele disse que também não tinha, mas sabia que havia um perto da estação. Ele viu dois indianos com suas mochilas e fez a mesma pergunta a eles e por intermédio de Brama, Shiva e Ganesha, eles já estavam com hostel reservado e fomos juntos para o Ostello Venezia. Que alegria! Um hostel limpinho, com vagas ( ¢22 diária quarto compartilhado) e com novos amigos super agradáveis. E a chuva lá, sem dar trégua. Minhas botas de couro velhinhas nesta altura já estavam completamente ensopadas, o que me obrigou a colocar sacola plástica dentro do sapato. Porque Veneza é uma cidade que pede glamour, né benhê?!

Típica veneziana
O dia seguinte amanheceu sem chuva e nublado. Fomos então bater perna pela linda Veneza. Sim, mesmo submersa a cidade é linda. Ruelas com suas casinhas amontoadas, uma água verde de doer o olho, muitos turistas, a Praça San Marco incrível... Fora as poucas gôndolas que se atreveram a passear, pois o tempo não convidava muito nem o preço: ¢ 80,00. Pelas ruas, milhares de galochas em homens, mulheres, velhos, crianças. Se bobear até os cachorros usavam galochas.A comida é cara, a água é cara, as lindas bolsas de couro são caras, mas valeu muito à pena conhecer um cenário de novela, acompanhada por dois indianos fofos, um alemão comédia e no fim uma australiana simpática. Mas assim como a chegada, a saída não seria fácil. Compramos nossos bilhetes de Florença para a manhã seguinte e acordamos 2h antes. Nos arrumamos e fomos pegar a balsa milionária. Além de ter demorado um pouco a chegar , a balsa não poderia nos deixar na estação de trens, pois o nível da água havia subido muito na noite anterior. Mais um ponto pra chuva! Tivemos que descer antes, tomar um pequeno metrô, correr até a estação e perder o trem. O próximo só seria dali 3h. O jeito foi bater perna e comprar um lanche numa padaria ótima que encontrei. Se volto a Veneza? Talvez, mas não faço tanta questão. É lindo, é incrível, mas é isso. Cenário de novela.

2- Florença

Uma cidadade que anoitece assim pede pra gente voltar
Nossa chegada à Florença também não foi das mais fáceis. Primeiro perdemos o primeiro trem em Veneza. Depois perdemos o trem na estação de Bologna, onde havia uma parada. Como disse Andreia, mineiro também pode perder o trem. E como rimos da nossa confusão, coisa de turista que não fala inglês, nem italiano. Só um portunhol daqueles lascados que acaba por ser entendido. Chegamos em Florença de noitinha, mas dessa vez com a indicação certa de um hostel e um mapa da cidade. Fora que a cidade é fácil de andar, não é como Veneza em que a pessoa dá com os burros n'água- quase literalmente. Chegamos, demos um giro pela parte histórica e ficou claro que a cidade seria especial. O dia amanheceu com sol e céu limpo, perfeito para bater perna por 8h consecutivas pelas ruas. E começamos bem, vendo o Davi de Michelângelo na Galeria della Academia. Eu, leiga que só, não sabia que a estátua tinha 5, 17m de altura. É uma coisa impactante, gigantesta ainda por cima sob um pedestal. E é tão perfeito com suas veias, músculos das pernas, pés e mãos enormes que você pode ficar ali observando por cerca de uma meia hora sem perceber. A Academia possui ainda várias outras obras de arte, mas o carro chefe é mesmo Davi. Vale à pena conhecê-lo (¢ 11,00 entrada). A Duomo de Florença é uma visão mais impactante ainda, com seu mármore todo esculpido e aquela imponência das igrejas. Colado à catedral  de Santa Maria dei Fiore está o tão bonito Batistério, sendo uma de suas portas tão belas que foi considerada uma porta para o paraíso. Um dos berços do Renascimento que merece ser visitado.

Linda Duomo de Firenze
E ainda teve o belo Rio Arno, uma praça de onde se vê toda a parte antiga da cidade, muitos italianos bonitões caminhando, risoto ao funghi (amo!!) acompanhado de bruschettas e várias bicicletas nas ruas. Um charme. Firenze me conquistou e pretendo retornar à cidade para terminar de ir aos museus, sobretudo a Galeria Degli Uffizi onde está 'O Nascimento de Venus' de Boticelli. Não preciso dizer mais nada, né? 

3- Milão

Fãs à espera da Laura Pausini
 Saímos de Florença na manhã do outro dia e compramos uma passagem direto para Milão, sem paradas como aconteceu de Veneza-Florença. Só teríamos quatro horas para andar pela cidade e fizemos isso. A Duomo é maravilhosa e na minha opinião mais bonita que a de Firenze, tanto por fora como por dentro. E para completar, Laura Pausini daria uma canja na praça em frente à catedral. Fã clube presente, muitas câmeras à espera da cantora. Eu que fui fã dela com meus 14, 15 anos, fiquei também à espera. Mas havia tanta gente que não consegui ver e pedi a um homem com aproximadamente 3, 12m de altura para fotografar. Ele só conseguiu pegar a cabeça da Laura bem de longe, mas achei o máximo o pocket show. Quem diria que quase 15 anos depois eu ouviria ao vivo quem vivia tocando no som da minha casa? Coisas que só acontecem comigo. 
Quando a bike é estilo
Milão é a cidade da alta costura, cheia de lojas de grife. Chanel, Dior, Armani e daí em diante. Pessoas mais elegantes, óculos finos, casacões e... Bicicletas. Homens com seus ternos alinhados de bike. Bacana demais. Conhecemos ainda o Castello Sforzesco que é bem bonito e Andreia ainda comeu um panini com a cara ótima. Fomos para o aeporto de Malpensa que fica uns 40min da cidade e voltamos para a velha Lisboa com a mala cheia de macarrão, fotos e boas lembranças. Pra uma viagem muito pouco planejada, nos saímos muito bem. E tivemos um tiquim assim de sorte.  :)

Duas fotos de cada cidade seguindo a ordem do post: Veneza, Firenze e Milão.










Universidade de Coimbra

A Universidade de Coimbra já é uma senhora. 721 primaveras. Pense que quando o Brasil foi descoberto, ela já tinha mais de duzentos anos. A Universidade mais antiga de Portugal e uma das mais antigas da Europa é uma estrela por si só.

São três polos estudantis, sendo o de Humanas onde estudo o I, o polo II é destinado à engenharia e ciências de tecnologia e o III para a área de biológicas. O polo I, o mais antigo, conta também com as faculdades de Medicina, Arquitetura, Comunicação (dentre outras) e a faculdade mais pomposa de todas, a de Direito. É a mais tradicional e a mais bonita. Pura história e cheia de alunos ilustres, como Eça de Queiróz, Camões, Agostinho Neto (escritor e primeiro presidente de Angola), Salazar (implantou uma ditadura em Portugal que durou mais de 30 anos), a Universidade de Coimbra é apaixonante.


Um toque de Harry Potter em terras portuguesas
Prédios antigos, muitos estudantes, bibliotecas enormes... Tudo aqui cheira a tradição. Quer coisa mais tradicional que o fato acadêmcio que alguns
estudantes de licenciatura usam? Esse figurino é a cara do século XIX, não é mesmo? Antigamente todos os estudantes eram obrigados a usá-la, para não haver diferenciação entre ricos e pobres. Hoje, seu uso está mais ligado a status, pois essa roupinha completa pode custar mais de 250 euros- né brinquedo não. Os homens usam terno, gravata, colete e capa e as meninas uma espécie de tailleur com meias finas, sapato salto médio e a capa. Me lembrava um pouco roupas de recepcionistas, mas agora já acho interessante. Com o passar do tempo, descobri a função da capa: proteger do frio. Feita de um material bem resistente como um feltro grosso, ela é muito pesada e deve ser até à prova de bala. E a capa possui uma característica interessante: reza a lenda que os estudantes não podem lavá-la durante a graduação. A única água que pode cair é a da chuva- coisa bastante corriqueira aqui. E há também uma tradição de fazer uns cortes em sua parte traseira indicando se você namora, seus amigos e familiares, mas não entendi muito bem. Se bobear essa capa é mais famosa que a do Batman.

Coimbra é uma cidade por excelência universitária, o que me faz compará-la a uma mistura de Viçosa com Ouro Preto e toques de Diamantina. São muitos estudantes e quase tudo gira em função da UC. Ponto de visitação turística, possui a Biblioteca Joanina, uma pérola do século XVI que conta com obras raríssimas em que nem as traças devem ousar chegar perto. Fui em um concerto de voz e piano e vi os morceguinhos moradores bem quistos sobrevoando a área. Dizem que eles fazem a limpeza do ambiente, comendo bichinhos não desejados. Se realmente procede não sei, mas é uma história interessante. Talvez esses morcegos sejam menos famosos que o Batman.

Vais comer?
São várias cantinas pro estudante almoçar a ¢ 2, 40 com direito a pão, sopa, um prato de comida (quase sempre duas opções de carne para você escolher), água ou suco e fruta ou arroz doce. É um valor honesto, mas acho a comida gordurosa e não almoço na faculadade durante a semana. Há também outros espaços, como centros culturais, aulas de yoga, espaços de convivência. Eu ainda nem conheci tudo.

Aula de Literaturas Africanas em plena cantina
A FLUC, minha faculdade é uma graça. Comemorou 100 anos em 2011, um bebê em relação aos outros cursos. Meu mestrado é em Literatura de Língua Portuguesa e para minha surpresa, há mais brasileiras que portugueses na sala. Brasileiras de São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Portugueses de Portugal, Ilha da Madeira, Açores. E um chinês senão me engano de Pequim. Professores muito simpáticos e acessíveis (pensei que seriam turrões e 'intocáveis') e uma sala de aula realmente sensacional. Não sei como são as aulas de mestrado/doutorado nas universidades brasileiras, mas aqui a sala é quase uma biblioteca, com livros que vão do chão ao teto. A mesa em formato de 'u' e aulas com 3h de duração. Sexta-feira possuo aula o dia todo, das 10h às 20h. Saio até zonza de tanta informação, mas com a alma feliz em estar ali. A Universidade de Coimbra é pública, mas se paga uma taxa anual de estudos, cerca de 1000 euros. E quando fui pagar a primeira parcela das propinas (como eles chama aqui), me deparei com uma burocracia que me remeteu à epoca em que o uso do fato acadêmico era obrigatório. Fiquei simplesmente 4h para ser atendida! Você pegava uma senha que era distribuída até certo horário e depois mofava esperando. E eu só queria pagar, veja bem. Uma demora horrorosa para não ficar nem 5min dentro da secretaria. Há coisas que só a burocracia pode fazer por você.
Nabos, calouros e veteranos
Mas a universidade não vive só dessa tradição séria e classuda não, meus filhos! No começo do semestre há trotes nos 'caloiros' bem semelhantes aos aplicados no Brasil. E há a Latada, uma festa de recepção dos caloiros (próxima da nossa Calourada). Uma semana de festas, shows, e tradições. Fui ao Cortejo da Latada, um evento que reúne quase todos os estudantes novos no campus da universidade e sai pela cidade até a beira do Rio Mondego. Foi uma festa com cara de carnaval brasileiro e para ser mais específica, carnaval de rua de Ouro Preto. Estudantes fantasiados cantando, bebendo horrores, fazendo festa mesmo. Piadinhas de duplo sentido, dancinhas ensaiadas, roupas provocantes. Mas o objetivo do carnaval sem beijo na boca (não vi nenhum) é nobre: batizar o calouro nas águas do Rio Mondego para que ele receba a nova vida estudantil. Cada aluno possui um padrinho que traja o fato acadêmico e dá bengaladas na cabeça do calouro, além de fazê-lo morder um nabo. Quanto mais rápido o nabo acabar, mais rápido o curso do estudante também acaba. Vai entender tradição portuguesa... Achei uma farra deliciosa, mas não pude ir até o batismo no rio pois teria a feijoada de inauguração da minha nova casa. Mas em maio acontece a Queima das Fitas, a festa estudantil mais importante de Coimbra e que disseram ser um carnaval mesmo, com carros alegóricos, fantasias, bebidas de graça e todo o ambiente sério e classudo que envolve essa mistura. Cenas dos próximos capítulos. Agora algumas fotos do Cortejo da Latada.

Quase um 'Mãe, tô na Globo!'
Penico também sereve para outras coisas...
Há espaços para protestos também
Engenharia do gole
Um país muito católico

  
Eles bebem muito, mas nem sempre duram até o fim da festa

Kaiser Chiefs na Latada por ¢ 12!

Debaixo da capa do Batman