Não sei o motivo de ter engordado dois quilos em dois meses.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Isso aqui ôô, é um pouquinho do Brasil iá iá
De repente apareceram muitos assuntos para se colocar no blog e não consegui escolher quem entraria primeiro. Mas ontem aconteceu um pequeno fato que me fez colocar o seguinte tema em questão: o Brasil é mesmo filho de Portugal. Não é apenas em relação à língua, pois o português de Portugal às vezes soa como húngaro, não se entende nada. Mas a proximidade que eu tenho visto com a terra brasilis é bem grande.
Um dos meus primeiros posts no blog foi sobre a educação do motorista português em relação à faixa de pedestre. Percebi que é o único local onde somos respeitados. Ontem eu ia atravessando tranquilamente no passeio - PASSEIO - em frente à uma escola quando recebi uma buzinada bem forte e mal educada. Era uma mãe que iria buscar seu filho e queria entrar com o carro no local. Eu caminhava com passos normais e seriam necessários cerca de 2,5 segundos pra que eu terminasse o percurso, ou seja, nada. Achei aquilo tão fora de propósito que fiquei olhando pra cara da mulher ao passar por mim. Ela não gostou, claro. E eu menos ainda. Nesse momento fui reportada imediatamente ao Brasil, ouvindo as buzinas de um engarrafamento. Buzinas para os pedestres andarem rápido, buzinas para um motorista mais lento, buzinas pra tudo.
Depois comecei a pensar na questão dos feriados nacionais em Portugal. Sabe quantos são, ou melhor, eram? 14 feriados nacionais. Sim, 14! A folga era tanta que para o ano que vem foram cortados uns 3 da lista. Duas quintas-feiras seguidas em dezembro de feriado nacional. E para mim era o Brasil que possuía muitos, mas segundo a Wikipédia, temos apenas 9 feriados nacionais. Pois é.
Outro aspecto que eu comentei no blog é sobre a burocracia. Aqui, pelo menos na universidade, ela parece estar em seu habitat natural. Quanta complicação para se resolver coisas simples! O Brasil é um país burocrata por excelência, mas as coisas parecem começar a melhorar. Mais informatizado, mais simplificado. Quem já teve que tirar a segunda via da carteira de identidade no antigo Psiu em BH vai dizer que nada mudou, mas eu senti leves mudanças quando precisei pegar documentos para a viagem. Agora sei de onde saíram nossos burcocratas: da terrinha.
Ok, não são apenas coisas 'ruins' que me lembram o Brasil. Fazer compras no supermercado é estar de volta também. Há fubá, canjica, farofa, leite condensado, bombom Garoto, manga, mamão (frutas bem caras), cachaça (péssima!), Maizena, arroz, feijão preto e até picanha. Saudades alimentares supridas com louvor. Há ainda a paixão que eles sentem pelo futebol que me levou a pensar se eles não seriam mais fanáticos do que nós, o prazer em sair à noite, a vaidade das meninas. E muito mais ainda por se descobrir.
Tal pai, tal filho.
Um dos meus primeiros posts no blog foi sobre a educação do motorista português em relação à faixa de pedestre. Percebi que é o único local onde somos respeitados. Ontem eu ia atravessando tranquilamente no passeio - PASSEIO - em frente à uma escola quando recebi uma buzinada bem forte e mal educada. Era uma mãe que iria buscar seu filho e queria entrar com o carro no local. Eu caminhava com passos normais e seriam necessários cerca de 2,5 segundos pra que eu terminasse o percurso, ou seja, nada. Achei aquilo tão fora de propósito que fiquei olhando pra cara da mulher ao passar por mim. Ela não gostou, claro. E eu menos ainda. Nesse momento fui reportada imediatamente ao Brasil, ouvindo as buzinas de um engarrafamento. Buzinas para os pedestres andarem rápido, buzinas para um motorista mais lento, buzinas pra tudo.
Depois comecei a pensar na questão dos feriados nacionais em Portugal. Sabe quantos são, ou melhor, eram? 14 feriados nacionais. Sim, 14! A folga era tanta que para o ano que vem foram cortados uns 3 da lista. Duas quintas-feiras seguidas em dezembro de feriado nacional. E para mim era o Brasil que possuía muitos, mas segundo a Wikipédia, temos apenas 9 feriados nacionais. Pois é.
Outro aspecto que eu comentei no blog é sobre a burocracia. Aqui, pelo menos na universidade, ela parece estar em seu habitat natural. Quanta complicação para se resolver coisas simples! O Brasil é um país burocrata por excelência, mas as coisas parecem começar a melhorar. Mais informatizado, mais simplificado. Quem já teve que tirar a segunda via da carteira de identidade no antigo Psiu em BH vai dizer que nada mudou, mas eu senti leves mudanças quando precisei pegar documentos para a viagem. Agora sei de onde saíram nossos burcocratas: da terrinha.
Ok, não são apenas coisas 'ruins' que me lembram o Brasil. Fazer compras no supermercado é estar de volta também. Há fubá, canjica, farofa, leite condensado, bombom Garoto, manga, mamão (frutas bem caras), cachaça (péssima!), Maizena, arroz, feijão preto e até picanha. Saudades alimentares supridas com louvor. Há ainda a paixão que eles sentem pelo futebol que me levou a pensar se eles não seriam mais fanáticos do que nós, o prazer em sair à noite, a vaidade das meninas. E muito mais ainda por se descobrir.
Tal pai, tal filho.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Holofotes
terça-feira, 22 de novembro de 2011
La bella Italia
Eu fui à Itália. Nem eu acreditei. O país que quando adolescente era um habitantes dos meus sonhos, se concretizou em três cidades: Veneza, Florença e Milão. E muitas aventuras, claro. Essa viagem já estava programada desde o Brasil, pois minha grande amiga Andreia iria participar de um seminário em Torino e combinamos de nos encontrar em Milão. Quer coisa melhor que desvendar a Itália com uma amiga querida? Saí de Coimbra, fui para Lisboa e de lá peguei o avião. São aproximadamente 3h de voo e uma hora a mais de fuso horário. Mal saí do aeroporto já peguei o metrô que me deixava dentro da estação de trens. E que linda e gigante estação! Encontrei Andreia e a viagem encontrou o primeiro auê. As máquinas onde se compram os tícketes para outras cidades estavam estragadas e a fila para atendimento no guichê quilométrica. O cenário combinava bem com a programação da nossa viagem que não existia direito. Sempre nas viagens que faço, gosto de programar minimamente as coisas. Olhar opções de hostel, horários de ônibus, pontos turísticos, etc. Pois como eu e Andreia estávamos atarefadíssimas, não tivemos tempo de traçar um roteiro apresentável (Chrys, valeu todo apoio na logítica, tá?). A única coisa que ficou decidida era que conheceríamos Veneza e Florença e se houvesse tempo, Pisa e Verona- não deu. Milão ficaria com o último dia, pois era onde saía nosso voo de volta. Conheça a saga italiana.
1- Veneza
Eis que entramos no primeiro trem com destino à Veneza e tome a primeira traulitada na cabeça: a passagem era ¢ 31, 50. Ui! Mas como já estávamos ali, fomos. Papo vai e vem e descemos na estação central. Digamos que Veneza não estava lá de muito bom humor: chuva e frio. Completando o pacote alegria, pense em duas mulheres cansadas, sem mapa da cidade (nunca mais viajo sem) e com apenas o endereço do hostel para ficar -mea culpa, mea culpa... - e dois mochilões nas costas. Andamos a esmo por 2h. Sim senhores, 2h debaixo de chuva, com mochilão, fome e cansaço. Veneza não é um lugar simples de se andar. É confuso, as ruas terminam na água, muitas vielas, poucas pessoas na rua por causa do frio. Mas até que conseguimos uma informação mais consistente sobre outro hostel e pegamos a balsa para a estação Zitelle. (cabe aqui um grande parênteses para minha indignação com as balsas venezianas. Não sei se por bobeira de turista, o bilhete que nos foi vendido custava ¢ 6,50 dando direito a apenas uma viagem. É isso mesmo que você leu: cada vez que se colocava o pezinho na balsa, se iam ¢ 6,50. Quer chorar agora ou vai terminar de ler o post antes?). Voltemos a amada balsa. Lá íamos nós, cansadas e desiludidas- mas ainda bem humoradas- coisa fundamental em perrengues- quando um alemão muito simpático veio nos perguntar se tínhamos hostel. Respondi com meu inglês macarrônico que não e ele disse que também não tinha, mas sabia que havia um perto da estação. Ele viu dois indianos com suas mochilas e fez a mesma pergunta a eles e por intermédio de Brama, Shiva e Ganesha, eles já estavam com hostel reservado e fomos juntos para o Ostello Venezia. Que alegria! Um hostel limpinho, com vagas ( ¢22 diária quarto compartilhado) e com novos amigos super agradáveis. E a chuva lá, sem dar trégua. Minhas botas de couro velhinhas nesta altura já estavam completamente ensopadas, o que me obrigou a colocar sacola plástica dentro do sapato. Porque Veneza é uma cidade que pede glamour, né benhê?!
O dia seguinte amanheceu sem chuva e nublado. Fomos então bater perna pela linda Veneza. Sim, mesmo submersa a cidade é linda. Ruelas com suas casinhas amontoadas, uma água verde de doer o olho, muitos turistas, a Praça San Marco incrível... Fora as poucas gôndolas que se atreveram a passear, pois o tempo não convidava muito nem o preço: ¢ 80,00. Pelas ruas, milhares de galochas em homens, mulheres, velhos, crianças. Se bobear até os cachorros usavam galochas.A comida é cara, a água é cara, as lindas bolsas de couro são caras, mas valeu muito à pena conhecer um cenário de novela, acompanhada por dois indianos fofos, um alemão comédia e no fim uma australiana simpática. Mas assim como a chegada, a saída não seria fácil. Compramos nossos bilhetes de Florença para a manhã seguinte e acordamos 2h antes. Nos arrumamos e fomos pegar a balsa milionária. Além de ter demorado um pouco a chegar , a balsa não poderia nos deixar na estação de trens, pois o nível da água havia subido muito na noite anterior. Mais um ponto pra chuva! Tivemos que descer antes, tomar um pequeno metrô, correr até a estação e perder o trem. O próximo só seria dali 3h. O jeito foi bater perna e comprar um lanche numa padaria ótima que encontrei. Se volto a Veneza? Talvez, mas não faço tanta questão. É lindo, é incrível, mas é isso. Cenário de novela.
2- Florença
Nossa chegada à Florença também não foi das mais fáceis. Primeiro perdemos o primeiro trem em Veneza. Depois perdemos o trem na estação de Bologna, onde havia uma parada. Como disse Andreia, mineiro também pode perder o trem. E como rimos da nossa confusão, coisa de turista que não fala inglês, nem italiano. Só um portunhol daqueles lascados que acaba por ser entendido. Chegamos em Florença de noitinha, mas dessa vez com a indicação certa de um hostel e um mapa da cidade. Fora que a cidade é fácil de andar, não é como Veneza em que a pessoa dá com os burros n'água- quase literalmente. Chegamos, demos um giro pela parte histórica e ficou claro que a cidade seria especial. O dia amanheceu com sol e céu limpo, perfeito para bater perna por 8h consecutivas pelas ruas. E começamos bem, vendo o Davi de Michelângelo na Galeria della Academia. Eu, leiga que só, não sabia que a estátua tinha 5, 17m de altura. É uma coisa impactante, gigantesta ainda por cima sob um pedestal. E é tão perfeito com suas veias, músculos das pernas, pés e mãos enormes que você pode ficar ali observando por cerca de uma meia hora sem perceber. A Academia possui ainda várias outras obras de arte, mas o carro chefe é mesmo Davi. Vale à pena conhecê-lo (¢ 11,00 entrada). A Duomo de Florença é uma visão mais impactante ainda, com seu mármore todo esculpido e aquela imponência das igrejas. Colado à catedral de Santa Maria dei Fiore está o tão bonito Batistério, sendo uma de suas portas tão belas que foi considerada uma porta para o paraíso. Um dos berços do Renascimento que merece ser visitado.
1- Veneza
Faça sol ou chuva, lá estão os orientais |
Eis que entramos no primeiro trem com destino à Veneza e tome a primeira traulitada na cabeça: a passagem era ¢ 31, 50. Ui! Mas como já estávamos ali, fomos. Papo vai e vem e descemos na estação central. Digamos que Veneza não estava lá de muito bom humor: chuva e frio. Completando o pacote alegria, pense em duas mulheres cansadas, sem mapa da cidade (nunca mais viajo sem) e com apenas o endereço do hostel para ficar -mea culpa, mea culpa... - e dois mochilões nas costas. Andamos a esmo por 2h. Sim senhores, 2h debaixo de chuva, com mochilão, fome e cansaço. Veneza não é um lugar simples de se andar. É confuso, as ruas terminam na água, muitas vielas, poucas pessoas na rua por causa do frio. Mas até que conseguimos uma informação mais consistente sobre outro hostel e pegamos a balsa para a estação Zitelle. (cabe aqui um grande parênteses para minha indignação com as balsas venezianas. Não sei se por bobeira de turista, o bilhete que nos foi vendido custava ¢ 6,50 dando direito a apenas uma viagem. É isso mesmo que você leu: cada vez que se colocava o pezinho na balsa, se iam ¢ 6,50. Quer chorar agora ou vai terminar de ler o post antes?). Voltemos a amada balsa. Lá íamos nós, cansadas e desiludidas- mas ainda bem humoradas- coisa fundamental em perrengues- quando um alemão muito simpático veio nos perguntar se tínhamos hostel. Respondi com meu inglês macarrônico que não e ele disse que também não tinha, mas sabia que havia um perto da estação. Ele viu dois indianos com suas mochilas e fez a mesma pergunta a eles e por intermédio de Brama, Shiva e Ganesha, eles já estavam com hostel reservado e fomos juntos para o Ostello Venezia. Que alegria! Um hostel limpinho, com vagas ( ¢22 diária quarto compartilhado) e com novos amigos super agradáveis. E a chuva lá, sem dar trégua. Minhas botas de couro velhinhas nesta altura já estavam completamente ensopadas, o que me obrigou a colocar sacola plástica dentro do sapato. Porque Veneza é uma cidade que pede glamour, né benhê?!
Típica veneziana |
2- Florença
Uma cidadade que anoitece assim pede pra gente voltar |
Linda Duomo de Firenze |
E ainda teve o belo Rio Arno, uma praça de onde se vê toda a parte antiga da cidade, muitos italianos bonitões caminhando, risoto ao funghi (amo!!) acompanhado de bruschettas e várias bicicletas nas ruas. Um charme. Firenze me conquistou e pretendo retornar à cidade para terminar de ir aos museus, sobretudo a Galeria Degli Uffizi onde está 'O Nascimento de Venus' de Boticelli. Não preciso dizer mais nada, né?
3- Milão
Fãs à espera da Laura Pausini |
Saímos de Florença na manhã do outro dia e compramos uma passagem direto para Milão, sem paradas como aconteceu de Veneza-Florença. Só teríamos quatro horas para andar pela cidade e fizemos isso. A Duomo é maravilhosa e na minha opinião mais bonita que a de Firenze, tanto por fora como por dentro. E para completar, Laura Pausini daria uma canja na praça em frente à catedral. Fã clube presente, muitas câmeras à espera da cantora. Eu que fui fã dela com meus 14, 15 anos, fiquei também à espera. Mas havia tanta gente que não consegui ver e pedi a um homem com aproximadamente 3, 12m de altura para fotografar. Ele só conseguiu pegar a cabeça da Laura bem de longe, mas achei o máximo o pocket show. Quem diria que quase 15 anos depois eu ouviria ao vivo quem vivia tocando no som da minha casa? Coisas que só acontecem comigo.
Quando a bike é estilo |
Milão é a cidade da alta costura, cheia de lojas de grife. Chanel, Dior, Armani e daí em diante. Pessoas mais elegantes, óculos finos, casacões e... Bicicletas. Homens com seus ternos alinhados de bike. Bacana demais. Conhecemos ainda o Castello Sforzesco que é bem bonito e Andreia ainda comeu um panini com a cara ótima. Fomos para o aeporto de Malpensa que fica uns 40min da cidade e voltamos para a velha Lisboa com a mala cheia de macarrão, fotos e boas lembranças. Pra uma viagem muito pouco planejada, nos saímos muito bem. E tivemos um tiquim assim de sorte. :)
Duas fotos de cada cidade seguindo a ordem do post: Veneza, Firenze e Milão.
Universidade de Coimbra
A Universidade de Coimbra já é uma senhora. 721 primaveras. Pense que quando o Brasil foi descoberto, ela já tinha mais de duzentos anos. A Universidade mais antiga de Portugal e uma das mais antigas da Europa é uma estrela por si só.
São três polos estudantis, sendo o de Humanas onde estudo o I, o polo II é destinado à engenharia e ciências de tecnologia e o III para a área de biológicas. O polo I, o mais antigo, conta também com as faculdades de Medicina, Arquitetura, Comunicação (dentre outras) e a faculdade mais pomposa de todas, a de Direito. É a mais tradicional e a mais bonita. Pura história e cheia de alunos ilustres, como Eça de Queiróz, Camões, Agostinho Neto (escritor e primeiro presidente de Angola), Salazar (implantou uma ditadura em Portugal que durou mais de 30 anos), a Universidade de Coimbra é apaixonante.
Prédios antigos, muitos estudantes, bibliotecas enormes... Tudo aqui cheira a tradição. Quer coisa mais tradicional que o fato acadêmcio que alguns
estudantes de licenciatura usam? Esse figurino é a cara do século XIX, não é mesmo? Antigamente todos os estudantes eram obrigados a usá-la, para não haver diferenciação entre ricos e pobres. Hoje, seu uso está mais ligado a status, pois essa roupinha completa pode custar mais de 250 euros- né brinquedo não. Os homens usam terno, gravata, colete e capa e as meninas uma espécie de tailleur com meias finas, sapato salto médio e a capa. Me lembrava um pouco roupas de recepcionistas, mas agora já acho interessante. Com o passar do tempo, descobri a função da capa: proteger do frio. Feita de um material bem resistente como um feltro grosso, ela é muito pesada e deve ser até à prova de bala. E a capa possui uma característica interessante: reza a lenda que os estudantes não podem lavá-la durante a graduação. A única água que pode cair é a da chuva- coisa bastante corriqueira aqui. E há também uma tradição de fazer uns cortes em sua parte traseira indicando se você namora, seus amigos e familiares, mas não entendi muito bem. Se bobear essa capa é mais famosa que a do Batman.
Coimbra é uma cidade por excelência universitária, o que me faz compará-la a uma mistura de Viçosa com Ouro Preto e toques de Diamantina. São muitos estudantes e quase tudo gira em função da UC. Ponto de visitação turística, possui a Biblioteca Joanina, uma pérola do século XVI que conta com obras raríssimas em que nem as traças devem ousar chegar perto. Fui em um concerto de voz e piano e vi os morceguinhos moradores bem quistos sobrevoando a área. Dizem que eles fazem a limpeza do ambiente, comendo bichinhos não desejados. Se realmente procede não sei, mas é uma história interessante. Talvez esses morcegos sejam menos famosos que o Batman.
São várias cantinas pro estudante almoçar a ¢ 2, 40 com direito a pão, sopa, um prato de comida (quase sempre duas opções de carne para você escolher), água ou suco e fruta ou arroz doce. É um valor honesto, mas acho a comida gordurosa e não almoço na faculadade durante a semana. Há também outros espaços, como centros culturais, aulas de yoga, espaços de convivência. Eu ainda nem conheci tudo.
A FLUC, minha faculdade é uma graça. Comemorou 100 anos em 2011, um bebê em relação aos outros cursos. Meu mestrado é em Literatura de Língua Portuguesa e para minha surpresa, há mais brasileiras que portugueses na sala. Brasileiras de São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Portugueses de Portugal, Ilha da Madeira, Açores. E um chinês senão me engano de Pequim. Professores muito simpáticos e acessíveis (pensei que seriam turrões e 'intocáveis') e uma sala de aula realmente sensacional. Não sei como são as aulas de mestrado/doutorado nas universidades brasileiras, mas aqui a sala é quase uma biblioteca, com livros que vão do chão ao teto. A mesa em formato de 'u' e aulas com 3h de duração. Sexta-feira possuo aula o dia todo, das 10h às 20h. Saio até zonza de tanta informação, mas com a alma feliz em estar ali. A Universidade de Coimbra é pública, mas se paga uma taxa anual de estudos, cerca de 1000 euros. E quando fui pagar a primeira parcela das propinas (como eles chama aqui), me deparei com uma burocracia que me remeteu à epoca em que o uso do fato acadêmico era obrigatório. Fiquei simplesmente 4h para ser atendida! Você pegava uma senha que era distribuída até certo horário e depois mofava esperando. E eu só queria pagar, veja bem. Uma demora horrorosa para não ficar nem 5min dentro da secretaria. Há coisas que só a burocracia pode fazer por você.
Mas a universidade não vive só dessa tradição séria e classuda não, meus filhos! No começo do semestre há trotes nos 'caloiros' bem semelhantes aos aplicados no Brasil. E há a Latada, uma festa de recepção dos caloiros (próxima da nossa Calourada). Uma semana de festas, shows, e tradições. Fui ao Cortejo da Latada, um evento que reúne quase todos os estudantes novos no campus da universidade e sai pela cidade até a beira do Rio Mondego. Foi uma festa com cara de carnaval brasileiro e para ser mais específica, carnaval de rua de Ouro Preto. Estudantes fantasiados cantando, bebendo horrores, fazendo festa mesmo. Piadinhas de duplo sentido, dancinhas ensaiadas, roupas provocantes. Mas o objetivo do carnaval sem beijo na boca (não vi nenhum) é nobre: batizar o calouro nas águas do Rio Mondego para que ele receba a nova vida estudantil. Cada aluno possui um padrinho que traja o fato acadêmico e dá bengaladas na cabeça do calouro, além de fazê-lo morder um nabo. Quanto mais rápido o nabo acabar, mais rápido o curso do estudante também acaba. Vai entender tradição portuguesa... Achei uma farra deliciosa, mas não pude ir até o batismo no rio pois teria a feijoada de inauguração da minha nova casa. Mas em maio acontece a Queima das Fitas, a festa estudantil mais importante de Coimbra e que disseram ser um carnaval mesmo, com carros alegóricos, fantasias, bebidas de graça e todo o ambiente sério e classudo que envolve essa mistura. Cenas dos próximos capítulos. Agora algumas fotos do Cortejo da Latada.
São três polos estudantis, sendo o de Humanas onde estudo o I, o polo II é destinado à engenharia e ciências de tecnologia e o III para a área de biológicas. O polo I, o mais antigo, conta também com as faculdades de Medicina, Arquitetura, Comunicação (dentre outras) e a faculdade mais pomposa de todas, a de Direito. É a mais tradicional e a mais bonita. Pura história e cheia de alunos ilustres, como Eça de Queiróz, Camões, Agostinho Neto (escritor e primeiro presidente de Angola), Salazar (implantou uma ditadura em Portugal que durou mais de 30 anos), a Universidade de Coimbra é apaixonante.
Um toque de Harry Potter em terras portuguesas |
estudantes de licenciatura usam? Esse figurino é a cara do século XIX, não é mesmo? Antigamente todos os estudantes eram obrigados a usá-la, para não haver diferenciação entre ricos e pobres. Hoje, seu uso está mais ligado a status, pois essa roupinha completa pode custar mais de 250 euros- né brinquedo não. Os homens usam terno, gravata, colete e capa e as meninas uma espécie de tailleur com meias finas, sapato salto médio e a capa. Me lembrava um pouco roupas de recepcionistas, mas agora já acho interessante. Com o passar do tempo, descobri a função da capa: proteger do frio. Feita de um material bem resistente como um feltro grosso, ela é muito pesada e deve ser até à prova de bala. E a capa possui uma característica interessante: reza a lenda que os estudantes não podem lavá-la durante a graduação. A única água que pode cair é a da chuva- coisa bastante corriqueira aqui. E há também uma tradição de fazer uns cortes em sua parte traseira indicando se você namora, seus amigos e familiares, mas não entendi muito bem. Se bobear essa capa é mais famosa que a do Batman.
Coimbra é uma cidade por excelência universitária, o que me faz compará-la a uma mistura de Viçosa com Ouro Preto e toques de Diamantina. São muitos estudantes e quase tudo gira em função da UC. Ponto de visitação turística, possui a Biblioteca Joanina, uma pérola do século XVI que conta com obras raríssimas em que nem as traças devem ousar chegar perto. Fui em um concerto de voz e piano e vi os morceguinhos moradores bem quistos sobrevoando a área. Dizem que eles fazem a limpeza do ambiente, comendo bichinhos não desejados. Se realmente procede não sei, mas é uma história interessante. Talvez esses morcegos sejam menos famosos que o Batman.
Vais comer? |
Aula de Literaturas Africanas em plena cantina |
Nabos, calouros e veteranos |
Quase um 'Mãe, tô na Globo!' |
Penico também sereve para outras coisas... |
Há espaços para protestos também |
Engenharia do gole |
Um país muito católico |
Eles bebem muito, mas nem sempre duram até o fim da festa |
Kaiser Chiefs na Latada por ¢ 12! |
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Onde estão os posts?
Sim, eu sumi. Em menos de três semanas perdi meu primo, viajei pra Porto, mudei de apartamento, recebi uma visita amada made in Brasil, adoeci, conheci Évora e Montemor-o-Velho, viajei pra Itália com outra companhia made in Brasil e continuo sem internet em casa. Ufa. Muita informação de uma vez só. Em breve eu retorno com um post sobre a Universidade de Coimbra que mereceria um blog só pra ela.
Rapidinho eu volto. Pode acreditar.
Rapidinho eu volto. Pode acreditar.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Não vai ter depois.
Eu perdi um primo semana passada. Infarte fulminante. Ele tinha 30 anos. Ele era muito amado. E eu me perdi um pouco junto.
O Flávio era aquele tipo de cara que aproveitava tudo o que a vida oferecia. Fez artes cênicas, teve cabelo de tudo o que era cor, pircieng no mamilo, chegou em casa mega tarde várias vezes, viajou muito, foi estudar fora e se casou com o cara que amava. Alegre, engraçado, ácido na medida certa, ele fez amigos por onde andou. E amou os animais como ninguém. Chegou a criar uns 8 cachorros e 4 gatos, todos vivendo em comunhão e desfrutando daquele amor bom.
Em função de coisas que não competem ao nosso questionamento, ele morreu repentinamente. Li a mensagem no Face e num primeiro momento achei que fosse brincadeira estranha. Como poderia morrer alguém que eu havia conversado um dia antes? Um choque, um baque, um susto, uma dor. Doeu muito, muito, muito porque além de perder um primo querido e a quem eu amava do fundo do coração, eu perdi um pedaço da minha história.
Era o meu primo por parte de mãe com idade mais próxima, com quem eu passei boa parte das minhas férias de infância, fiquei na casa dele nos carnavais inesquecíveis de Ouro Preto, com quem compartilhei tantas lembranças em comum. Uma parte do que eu vivi morreu. E como dói ver alguém da sua idade morrer, é como se fosse você próprio. Você aí cheio de planos, projetos, sonhos e num piscar de olhos tudo se vai.
Fiquei pensando nessas coisas que a gente sempre pensa quando alguém querido morre. Que não devemos esperar a hora certa para fazer algo, que devemos dizer o que sentimos pelas pessoas amadas, que não devemos deixar para depois. O depois às vezes nem chega. E me vi pela primeira vez querendo voltar a BH para confortar minha prima e tias. Uma distância que eu pude sentir na pele, pesada, dura.
Flávio, fique em paz e faça uma festa de arromba aí no céu. Foi um prazer ter te conhecido.
O Flávio era aquele tipo de cara que aproveitava tudo o que a vida oferecia. Fez artes cênicas, teve cabelo de tudo o que era cor, pircieng no mamilo, chegou em casa mega tarde várias vezes, viajou muito, foi estudar fora e se casou com o cara que amava. Alegre, engraçado, ácido na medida certa, ele fez amigos por onde andou. E amou os animais como ninguém. Chegou a criar uns 8 cachorros e 4 gatos, todos vivendo em comunhão e desfrutando daquele amor bom.
Em função de coisas que não competem ao nosso questionamento, ele morreu repentinamente. Li a mensagem no Face e num primeiro momento achei que fosse brincadeira estranha. Como poderia morrer alguém que eu havia conversado um dia antes? Um choque, um baque, um susto, uma dor. Doeu muito, muito, muito porque além de perder um primo querido e a quem eu amava do fundo do coração, eu perdi um pedaço da minha história.
Era o meu primo por parte de mãe com idade mais próxima, com quem eu passei boa parte das minhas férias de infância, fiquei na casa dele nos carnavais inesquecíveis de Ouro Preto, com quem compartilhei tantas lembranças em comum. Uma parte do que eu vivi morreu. E como dói ver alguém da sua idade morrer, é como se fosse você próprio. Você aí cheio de planos, projetos, sonhos e num piscar de olhos tudo se vai.
Fiquei pensando nessas coisas que a gente sempre pensa quando alguém querido morre. Que não devemos esperar a hora certa para fazer algo, que devemos dizer o que sentimos pelas pessoas amadas, que não devemos deixar para depois. O depois às vezes nem chega. E me vi pela primeira vez querendo voltar a BH para confortar minha prima e tias. Uma distância que eu pude sentir na pele, pesada, dura.
Flávio, fique em paz e faça uma festa de arromba aí no céu. Foi um prazer ter te conhecido.
Marcos, Flávio e eu brindando a vida.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Igual, só que diferente.
Aposto que bateu uma tristeza.
Olá, Kibon!
Punto com cara de... Palio Weekend?
A foto não ajuda muito, mas são calouros pagando trote pelas ruas da cidade. Os veteranos estão de preto. (O tema vai virar post em breve)
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Galinhas
- Professor, o filme está em cartaz em qual shopping?
- É no... Hum... Como chama mesmo? Eu tenho uma galinha* com esse nome...
- Você tem uma galinha com esse nome ???
- É, galinha. Ahhh não, não é galinha animal não. É um problema em lembrar o nome.
Risos de ambas as partes.
*Segundo meu professor, galinha é uma expressão utilizada no norte do país. E o shopping se chama Dolce Vita - definitivamente não é um bom nome pra galinhas.
domingo, 16 de outubro de 2011
Luz na passarela que lá vem ele
Atenção, atenção: ele está vindo. E quando ele vem, tudo para. Não estou falando do amor e nem do Cristiano Ronaldo. É sobre o ilustre pedestre este post. Coimbra possui poucos sinais de trânsito (em relação a BH por exemplo) mas para andar é uma tranquilidade. As faixas de pedestre nas ruas não são mero enfeite. Elas de fato executam sua função.
O sinal está verde para o motorista. Você coloca o pé na faixa. O carro vem vindo e para. Para na hora. E você chega ao outro lado da rua sem demora nenhuma. É como participar de uma propaganda de perfume/absorvente/moda da tv brasileira; a pessoa está tão poderosa usando o produto que os carros param ao vê-la passar. É se sentir a super mulher mesmo. Nas primeiras vezes esperei os carros todos passarem para só então atravessar. Mas depois de ver as pessoas apenas colocando o pezinho na faixa e magicamente os automóveis parando, fiz também. No começo um pouco receosa, ainda olhando para o motorista como se estivesse pedindo um favor. Agora não quero nem saber, já vou colocando o pé na faixa, dando uma olhada blasé pros carros e caminhando confiante na vitória. Claro que se o carro estiver muito rápido (não é muito comum), não há como parar, mas se a velocidade for razoável eu atravesso mesmo.
Depois de sofrer tanto com o trânsito brasileiro -quem nunca passou por isso?- a ponto de estar na faixa com o sinal verde e os carros ultrapassarem, é a minha vingança. Eu adoro atravessar as ruas e parar os carros.
Meu momento Gisele Bündchen.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Especialização no Cirque du Soleil
Depois de uma semana começo a me sentir mais em casa, sobretudo porque fazem 30ºC à tarde (mas em breve o frio chega pra ficar e congelar. aiai...). Ainda resolvendo coisas de ordem burocrática, quase estipulando uma rotina diária, conhecendo e reconhecendo os lugares. A casa começa a ficar em ordem.
E uma coisa mais que necessária para deixar a casa em ordem é dinheiro. Sim, money, bufunfa, la plata. E quando o dinheiro a ser usado é aquele fruto de todas economias guardadas desde que Malhação ainda era um programa bom, qualquer dinheiro é dinheiro. Não que eu fosse gastadeira no Brasil, muito pelo contrário.Talvez eu possa ser até chamada de mão de vaca pra certas coisas. Se antes minha grana já fazia certos malabarismos, imagine aqui. Ela está num curso intensivo no Cirque du Soleil.
Sabe quando sua mãe faz pesquisas de preço para comprar um simples quilo de cebola e a gente fala: ah, que isso, a diferença entre o supermercado A e o B são só 0,30! Meu filho, 0,30 é um dinheirão. Não vamos nem tocar no assunto de conversão de preços antes que eu surte. Fui a dois supermercados com papel e caneta na mão comparando produtos e sei que no Pingo Doce (parece nome de escola infantil, né?) tudo é mais barato que no Jumbo, exceto verduras e frutas. Vou caminhar feliz cerca de 6 quadras da minha casa só para comprar cebolas e tomates e brócolis no Jumbo. Levando em conta que o xerox é ¢0, 02, imagine o que 0,30 podem me render de fotocópias. Simplesmente um artigo xerocado.
O supermercado é um capítulo à parte. Para nós brasileiros acostumados a pagar primeiro os impostos e dpeois os produtos, comprar uma pen drive de 8 giga a ¢7,50 e tomar um chop por ¢ 0,75 é chocante. E quando o produto custa ¢ 2,99, ele custa realmente ¢ 2,99. Você recebe o troco de um centavo sim, nada desse arredondamento tão comum no Brasil. Talvez o dinheiro aqui seja visto de uma outra forma. E a minha forma por enquanto está sendo vista em cima da corda bamba.
E uma coisa mais que necessária para deixar a casa em ordem é dinheiro. Sim, money, bufunfa, la plata. E quando o dinheiro a ser usado é aquele fruto de todas economias guardadas desde que Malhação ainda era um programa bom, qualquer dinheiro é dinheiro. Não que eu fosse gastadeira no Brasil, muito pelo contrário.Talvez eu possa ser até chamada de mão de vaca pra certas coisas. Se antes minha grana já fazia certos malabarismos, imagine aqui. Ela está num curso intensivo no Cirque du Soleil.
Sabe quando sua mãe faz pesquisas de preço para comprar um simples quilo de cebola e a gente fala: ah, que isso, a diferença entre o supermercado A e o B são só 0,30! Meu filho, 0,30 é um dinheirão. Não vamos nem tocar no assunto de conversão de preços antes que eu surte. Fui a dois supermercados com papel e caneta na mão comparando produtos e sei que no Pingo Doce (parece nome de escola infantil, né?) tudo é mais barato que no Jumbo, exceto verduras e frutas. Vou caminhar feliz cerca de 6 quadras da minha casa só para comprar cebolas e tomates e brócolis no Jumbo. Levando em conta que o xerox é ¢0, 02, imagine o que 0,30 podem me render de fotocópias. Simplesmente um artigo xerocado.
O supermercado é um capítulo à parte. Para nós brasileiros acostumados a pagar primeiro os impostos e dpeois os produtos, comprar uma pen drive de 8 giga a ¢7,50 e tomar um chop por ¢ 0,75 é chocante. E quando o produto custa ¢ 2,99, ele custa realmente ¢ 2,99. Você recebe o troco de um centavo sim, nada desse arredondamento tão comum no Brasil. Talvez o dinheiro aqui seja visto de uma outra forma. E a minha forma por enquanto está sendo vista em cima da corda bamba.
domingo, 9 de outubro de 2011
Chegadas e partidas.
Durante um mês e meio fiquei ocupada em resolver pendências (ok), despedir dos amigos (quase ok.), arrumei as malas (quase quase ok), pesquisar sobre a cidade na internet (ok) até colocar os pés em terras lusitanas. A cabeça já estava em Coimbra e o coração dividido pelo Atlântico. Mas cá estou eu num lugar que me recebeu com sol forte, folhas douradas nas árvores, um pão de sal delicioso e um sotaque que às vezes me soa como vários 'Robertos Leais' prestes a dançar o vira.
Um mapa na mão e uma ideia na cabeça. Ganhei um mapa da cidade no primeiro dia aqui. Me sinto quase uma mulher com super poderes quando chego a um lugar sem perguntar nadica de nada a ninguém. É um orgulho daqueles, sabe? Pois com meu amigo cartográfico já me atrevi a caminhar a esmo e me perder sem grandes problemas. Coimbra é pequena, dividida entre a parte antiga e a nova. Não é tão difícil caminhar pelas suas ruas e ruelas. E a sensação de intimidade (palavra forte, talvez) só nasceu quando comecei a reconhecer os lugares e até mesmo descobrir atalhos. A gente só gosta daquilo que conhece, não é mesmo? Pois estou prestes a viver um romance tórrido com a cidade por intermédio do meu mais fiel cicerone.
Um mapa na mão e uma ideia na cabeça. Ganhei um mapa da cidade no primeiro dia aqui. Me sinto quase uma mulher com super poderes quando chego a um lugar sem perguntar nadica de nada a ninguém. É um orgulho daqueles, sabe? Pois com meu amigo cartográfico já me atrevi a caminhar a esmo e me perder sem grandes problemas. Coimbra é pequena, dividida entre a parte antiga e a nova. Não é tão difícil caminhar pelas suas ruas e ruelas. E a sensação de intimidade (palavra forte, talvez) só nasceu quando comecei a reconhecer os lugares e até mesmo descobrir atalhos. A gente só gosta daquilo que conhece, não é mesmo? Pois estou prestes a viver um romance tórrido com a cidade por intermédio do meu mais fiel cicerone.
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